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quinta-feira

Paixão, loucura, escravos, magia negra, drogas, mediunidade

Foi a primeira sessão com essa consulente, que possui mediunidade aflorada e que rapidamente chegou ao jardim e já sintonizou com uma vida passada. A consulente está em estado depressivo há bastante tempo, tratando-se inclusive com medicamentos e com acompanhamento psiquátrico. Ela acessou inicialmente a penúltima existência antes da vida atual, depois a última, e depois algumas outras em época bastante anterior, tendo no final retornado a um momento no astral depois da sua morte na última encarnação antes da atual que ela não tinha lembrado antes. No final juntamos as peças e confirmamos com um dos membros da equipe espiritual que se encontrava no jardim a ordem 'cronológica' das vidas acessadas.
Inicialmente ela viu-se em frente a um prédio, um hospício, onde ela era uma interna. Ela tinha a percepção de que não era louca, mas que estava totalmente apática, sendo-lhe indiferente viver ou morrer. Usando este ponto como referência fizemos ela voltar mais naquela vida para descobrirmos o motivo dela estar ali internada.
Era filha de uma família muito rica e envolveu-se com o jardineiro, resultando desse paixão uma gravidez. Seus pais descobriram e, para evitar um 'escândalo', deram um 'sumiço' no rapaz e arrumaram uma maneira de fazer um aborto. Chamaram um médico e disseram a ela que ele veio para examiná-la a fim de verificar se estava tudo bem, mas o que ele fez foi dopá-la e provocar um aborto. Quando ela acordou e percebeu o que houve teve uma forte crise nervosa e foi internada num manicômio, como perdera a razão de viver tornou-se apática e morreu velha nesse local.
Foi levada para um hospital no astral mas nem sabia que havia morrido e permaneceu nesse estado ainda por muito tempo, até que o rapaz por quem se apaixonara, o tal jardineiro, apareceu em seu quarto com um bebê no colo, dizendo que era a filha deles (a que foi abortada).
Ela ficou ainda confusa pois sabia que a criança não poderia estar daquele tamanho, mas depois acabou aceitando a situação e foi morar com o rapaz e a menina numas casinhas que haviam junto ao hospital onde se encontrava.
Depois de um tempo foi para um local maior, uma colônia, onde estudou sobre religiões diversas, budismo, cristianismo, espiritismo kardecista, etc. e principalmente, segundo ela, a umbanda, pq tinha muito preconceito com esta religião então estudou mais. Após algum tempo estudando isso, foi encaminhada para um local onde se preparou para a reencarnação. Foi-lhe informado que na próxima existência ela encontraria aqueles espíritos que foram seus pais na vida anterior e ela se revoltou com isso, não querendo reencarnar. Entretanto, teve que reencarnar a contra-gosto mesmo.
Nasceu numa família muito pobre, numa região montanhosa onde caía muita neve. Seus pais eram muito pobres e viviam mendigando comida, mesmo assim ainda passavam fome. Quando ela era ainda criança, apareceu um casal e seus pais a deram para que fosse criada por eles. Eles a tratavam muito bem mas ela era uma criança rebelde e segundo suas próprias palavras 'deu muito trabalho pra eles'. De fato, desencarnou com 17 anos vítima de overdose. Apareceu-lhe o espírito de uma moça loira jovem e lhe ofereceu ajuda, que ela recusou. Queria se drogar mais. Vagou sem rumo muito tempo no umbral até que alguns outros espíritos lhe ensinaram como vampirizar os encarnados, o que ela passou a fazer. Disseram-lhe que era só ela chegar bem perto das pessoas e dizer no ouvido delas o que ela queria que eles fizessem. Ela disse que a princípio não conseguia mas com a prática se tornou fácil isso, só não dando certo com pessoas que não eram viciadas pois ela tentara influenciar esses tbm sem êxito. Ela permaneceu nessa vida até que seus pais adotivos desencarnaram e vieram resgatá-la que, estando já muito desgastada, acabou aceitando ajuda, tendo sido levada para um hospital. Esse casal que a adotou nesta vida eram os mesmos espíritos que na vida anterior a essa eram seus pais biológicos, os que a internaram no hospício.
Nesse ponto a consulente 'pulou' para uma vida onde nasceu como filha de um fazendeiro de café, aqui no Brasil, ainda na época da escravidão. Ela tinha 'pena' dos negros e cuidavo dos doentes e feridos, tendo até se envolvido com um deles, que acabou sendo surrado no tronco e veio a falecer. Ela ainda teve tempo de retirá-lo com vida do tronco e cuidar dele na senzala antes dele morrer, tendo inclusive ficado presa com os negros na senzala pq seu pai não aprovava essa dedicação que ela tinha pelos escravos.
Passado algum tempo ela foi dada em casamento a um outro fazendeiro, bem mais velho que ela, de quem teve três filhos, dois homens e uma mulher. Ele morreu bem antes dela, que ficou tomando conta da fazenda, não permitindo que os negros fossem surrados. Ela demonstrou uma certa decepção consigo mesma por não ter libertado os escravos quando lembrou dessa parte daquela vida. Quando morreu nesse existência foi para um hospital no astral onde permaneceu por muito pouco tempo, tendo logo em seguida ido trabalhar num posto de socorro que atendia os espíritos de escravos negros mortos. Ficou lá por muito tempo mas foi 'convidada' a sair pq precisava reencarnar, tendo sido levada novamente ao local onde se preparara para reencarnar. Como tinha adquirido algum crédito, solicitou nascer como negra, para poder ajudar mais os escravos pois como branca não tinha feito muito por eles. Foi-lhe concedido este pedido e ela então nasceu como um homem negro, escravo, e com uma deformidade numa das pernas, que o impedia de trabalhar nas lavouras. Como tinha muito conhecimento de ervas, ele cuidava dos negros doentes e vivia numa palhoça à parte da senzala, fazia as vezes de curandeiro. Morreu de velhice.
Quando morreu nessa existência foi para uma colônia no astral onde só haviam negros, viveu lá por muito tempo, aprendendo tudo sobre a cultura africana, a magia, os orixás, etc. No momento de reencarnar queria novamente ser negro mas lhe disseram que ela precisava aprender sobre outras culturas tbm e não permitiram.
Sua próxima encarnação foi na região asiática, onde ainda criança, um menino, foi entregue por seus pais num monastério, onde lhe rasparam a cabeça e onde ela passou toda sua vida. Ela detestava as repetições de orações e mantras, etc. Foi uma vida, segundo a visão dela mesma, totalmente inútil, pois ela queria ter nascido negra. Ao desencarnar voltou para a mesma colônia de negros e mais uma vez pediu para nascer como um negro, pois queria muito ajudar os negros.
Nasceu mulher, negra, numa época onde já não javia mais escravidão. Era conhecedora da magia e do poder curativo das plantas. Curava as pessoas e muitas delas, agradecidas, lhe davam presentes e dinheiro. Isso lhe despertou a cobiça e ela começou a fazer todo tipo de feitiço, magia negra, para todos os fins. Segundo ela era muito bem sucedida pq havia seres muito trevosos que a auxiliavam no astral. Ficou muito rica e era mãe-de-santo. Quando morreu continuou a trabalhar no astral usando suas filhas, que uma após a morte da outra, eram 'promovidas' à condição de chefe do terreiro. Ela foi ficando 'conhecida' no baixo astral, ou em suas palavras, estava ficando 'muito forte', o que despertou a atenção de um outro ser trevoso, mais poderoso que ela, que a aprisionou e tomou para si os seres que a auxiliavam. Ficou muito tempo presa por este outro ser até que sonhou com a colônia de negros onde tinha estado, reconheceu os erros que cometeu, lembrou que estudou magia para auxiliar e acabou fazendo o mal a muita gente. Arrependeu-se e caiu em prantos. Novamente lhe apareceu aquela jovem moça loira lhe oferecendo ajuda e ela aceitou, tendo sido resgatada e levada para um hospital.
Nesse ponto a consulente embaralhou mais uma vez as lembranças, tendo 'pulado' para o que aconteceu com ela na vida onde era morreu de overdose. Estava fora de si e agredia a todos que encontrava, senão havia ninguém agredia a si própria. Foi colocada num quarto com as paredes e o chão acolchoados para não machucar a si mesma, onde havia sempre uma música suave tocando e onde lhe era administrado um tramento cromoterápico, ficando um tempo uma luz de uma cor, depois outra, etc. Não escutava ninguém, tendo permanecido assim muito tempo, até que a moça loira que a socorreu veio conversar com ela, que começou a melhorar. Foi transferida para um quarto 'normal', depois passou a frequentar uma sala onde haviam outros jovens como ela que tinham passado pelo mesmo problema com drogas. Aós algum tempo acabou reconhecendo que precisava de ajuda e foi encaminhada para o setor de reencarnação. Sua próxima existência foi a vida atual.
Fizemos uma checagem para verificar se dessas vidas que ela acessou, não haveria algum ser que pudesse estar ainda vivendo uma situação de passado no astral ou então algum outro que convivera com ela e que estivesse em condições de ser resgatado, caso estivesse no astral e precisando.
Foram resgatados oito negros 'escravos', cinco pessoas dementes (do hospício) e uma sala cheia de drogados. Reunimos todos e os levamos para o jardim, onde uma equipe médica já os aguardava.
Pedimos à consulente que conversasse com algum deles para confirmar a ordem das vidas dela pois percebemos que ela não estava seguindo uma ordem 'cronológica' e este amigo confirmou nossas suspeitas, afirmando que ela pulara muitas outras vidas pq tinha 'medo', pois ela tivera outras vidas onde tinha mediunidade e se bloqueava, com medo de novamente usar de maneira errada essa mediunidade.
Observem que na penúltima encarnação antes da vida atual ela fora estudar religiões e deteve-se principalmente no estudo da Umbanda pq tinha preconceito, justamente pq abusara do conhecimento que tinha quando numa vida passada fora mãe-de-santo e fizera muita magia negra. Isso é comum em muitos médiuns, muitos são reincidentes em abusar do intercâmbio com a dimensão astral e ficam com medo de exercer seu mandato mediúnico e errar novamente, agravando seu carma.
Abraços.

GELSON CELISTRE
(51) 9394-6023

sábado

3 vidas em 30 minutos

Este foi o segundo atendimento deste consulente. Da primeira vez foi preciso uma indução hipnótica rápida para levá-lo ao estado de transe necessário ao acesso de seus registros mnemônicos de vidas passadas, mas desta vez bastou o relaxamento e logo ele se viu no jardim de onde partiríamos para as regressões.
Como da primeira vez, sua avó (desencarnada) estava no jardim à espera dele, porém, desta vez ela apenas observou. Pedi a ele que escolhe um caminho para sair do jardim e o seguisse, o que ele fez em seguida.
O caminho era escuro e quando começou a clarear ele viu-se numa vila, trajando trajes antigos. Decidiu entrar numa igreja que avistara e quando estava em seu interior sentiu que lhe enconstavam uma lança nas costas, virou-se e se deparou com um homem furioso ameaçando matá-lo. Pedi que conversasse com o sujeito a fim de saber o motivo e est lhe disse que ele o havia traído, que havia passado para o outro lado. Pedi que ele lembrasse então do que o tal sujeito falava e ele lembrou então de que havia matado o tal sujeito, assim como vários outros de seus amigos. Estavam numa guerra e ele os havia traído. Era a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) onde a Frente Popular (comunistas e anarquistas) e o Movimento Nacional do General Franco, lutavam contra o regime republicano. No final as tropas franquistas, apoiadas inclusive por Hitler e Mussolini, venceram e o General Francisco Franco se auto-proclamou caudilho de Espanha pela graça de Deus. A guerra civil espanhola deixou mais de 1 milhão de mortos.
Nosso consulente era da Frente Popular, provavelmente um membro ativo e de liderança, pois sua família foi aprisioanada pelas tropas nacionalistas com o apoio dos alemães e ele teve que trair seus companheiros para salvar seus familiares. Nesta pequena vila estavam algumas centenas de pessoas que sucumbiram nesse conflito, homens, mulheres e crianças, espíritos que não conseguiram se desvencilhar das fortes emoções sofridas nos momentos que precederam seu desencarne e que nem perceberam que já não habitavam mais um corpo físico.
Disse ao consulente que conversasse com seu antigo amigo e que lhe dissesse que agora estava ali para ajudá-los, a a ele e a todos que ali estavam, reunimos todos e os levamos para o jardim, onde um grupo de espíritos (médicos e outros) já esperavam para tratá-los.
Após nos certificarmos que estavam todos sendo atendidos o consulente partiu por outro caminho. Desta vez viu-se num campo vasto, era uma moça e observava um cavalho encilhado andando sozinho. Pedi que procurasse por alguma casa e a moça viu então uma casa onde havia uma família, um casal e uma criança. Estavam sofrendo e ficaram felizes em vê-la, pois estavam doentes. Pedi que ela lembrasse qual sua relaçaõ com eles e ela lembrou que era a filha mais velha daquele casal, e que os havia abandonado à própria sorte pq eles haviam contraído uma peste. Foram levados para o jardim por ela e atendidos pela equipe de espíritos que já os aguardava.
O consulente desta vez sentiu necessidade de sentar-se num dos bancos do jardim para descansar, momento em que sua avó que estava ali observando aproveitou para sentar ao seu lado e lhe dar alguns conselhos. Após esse breve descanso o consulente partiu por outro caminho e logo viu-se numa galera entre dezenas de remadores, buscando invadir algum território fortemente defendido, deviam estar próximos à costa pois seu navio foi atingido por uma grande bola de fogo, atirada por alguma catapulta que devia estar em terra.
Mais de uma centena de guerreiros, possivelmente vikings, sucumbiram naquelas águas. Assim que o consulente nos relatou o naufrágio já criei vários botes salva-vidas e assim que os viram os náufragos subiram neles e depois o conduziram remando, guiados pelo consulente, até o jardim, onde ele ajudou-os a desembarcar. Nossa equipe de espíritos já estava a postos esperando e logo todos foram socorridos e encaminhados a outro sítio no astral para tratamento.
É evidente que todos haviam morrido afogados mas como plasmaram aquela situação na dimensão astral estavam vivenciando aquele momento 'eternamente', sem perceberem que já estavam 'mortos'. Nestas situações costumo interagir com o a mente coletiva do grupo a ser resgatado criando algo que visualmente represente para eles a salvação, no caso um bote salva-vidas, pois explicar a um grupo enorme a situação real em que se encontram demandaria muito tempo e energia.
Após retirar o último companheiro do bote e entregá-lo aos espíritos socorristas, nosso consulente recebeu um abraço da sua avó, como a lhe parabenizar pelo trabalho cumprido, e logo despediu-se do jardim, voltando à nossa dimensão física. Entre o início da sessão e o término não se passaram mais de 30 minutos, onde foram acessadas três vidas do consulente e resgatados centenas de espíritos que viviam em sofrimento.
Muitos daqueles seres que foram resgatados já se encontram reencarnados, mas aqueles que não reencarnaram mantém a situação plasmada no astral e isso acaba fazendo com que muitos dos espíritos que já estão encarnados se desdobrem inconscientemente e participem de certa forma da angústia dos demais. Dependendo da sensibilidade da pessoa encarnada, ela pode vir a sentir mais ou menos o que eles sentem.
Não é um regressão do tipo 'clássica', onde o consulente revive algum drama pessoal seu, mas sim um trabalho de resgate de consciências que conviveram com ele e que estão sofrendo em outra dimensão.
Este tipo de situação é comum a todos nós, todos temos seres a quem podemos auxiliar, e muitos inclusive que foram prejudicados por nós mesmos em vidas passadas.
Abraços.