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quinta-feira

Duas sessões descritas pela consulente

A seguir o relato de duas sessões de regressão, conforme a visão da própria consulente, que foi quem escreveu o texto. Houve um lapso de tempo de 21 dias entre uma e outra.

Primeira sessão

Encontro-me num jardim bonito, com árvores, sombra e sol. Jardim de uma casa grande, estilo europeu, com grandes janelas. Dirijo-me até a casa. Uma escadaria grande. Um outro jardim com trepadeiras e muros vazados de pedras.
Dentro da casa, uma sala ampla (salão), onde acontecia uma grande reunião comemorativa, um sarau. Muitas pessoas. Passo por ela, elas me olham, me percebem, mas não me dão atenção, continuam suas conversas. Caminho entre as pessoas, buscando adentrar ainda mais a casa. À minha direita, há uma escadaria em forma espiral que desce para um porão. Desço por ela, como se soubesse aonde vou.
Chego em um lugar escuro, parece uma caverna com vários túneis, corredores (começo a sentir uma tontura, meu corpo parece rodar) . Sinto que tenho um embrulho nas mãos que preciso entregar a alguém que está ali. Entro por um dos corredores e não visualizo mais nada.
Volto para a sala, procurando por alguém, mas não encontro. Sinto-me deslocada, estranha ao lugar e às pessoas que ali estão.
Saio da casa e dirijo-me à minha casa. Estou num carro antigo, preto, com motorista. Passo por uma avenida estreita de calçamento e entro num terreno com uma casa de cor salmão rosada, de alvenaria, com detalhes arredondados na fachada, muitas janelas envidraçadas, dois andares, com uma pequena área na entrada da porta principal.
Uma espécie de corredor garagem dá para os fundos da casa. Na frente da casa, um pequeno pátio, com muro baixo, gramado, árvores à esquerda da casa. Minha casa vizinha com outras casas de ambos os lados.
Entro na casa pela porta da frente. Vejo uma pequena sala, dando para outros cômodos. Uma escada em curva à esquerda da sala. Subo por ela e chego a um corredor com várias portas, possivelmente de quartos.
O primeiro cômodo à frente da escada está mais claro, parece iluminado. Não sinto vontade de entrar nele e quando espio pela porta, não consigo ver nada, não percebo o que há dentro dele. Fico por um tempo estática, olhando para o corredor, tentando perceber alguma movimentação ou a presença de alguém. Vejo, então, uma criança vindo em minha direção. É um menino loiro, aparenta ter uns quatro anos de idade. Sinto uma angústia, um aperto no peito.
Pego a criança no colo e tento adentrar o quarto claro. Novamente, não consigo passar da porta e não visualizo nada. Deixo a criança e retorno.

Segunda Sessão

Sentia-me num campo de grama muito alta, talvez de capim. Muitas árvores e vegetações. Estava só e sentia-me à procura de alguém ou de algum lugar. Olhava em volta, mas não visualizava nada.
Percebi então, as ruínas de uma casa de madeira muito escura, velha. A casa encontrava-se quase que totalmente destruída, com poços pedaços de paredes ainda de pé.
No início, senti um pouco de desconforto ao aproximar-me da casa, mas quando andei por entre os pedaços de paredes que ainda restavam, tentando imaginar como seria a casa quando nova, comecei a sentir-me mais confortável, com uma sensação de pertencimento àquele lugar.
Não encontrei ninguém e também nada que pudesse me lembrar de algum acontecimento.
Gelson pediu-me para voltar no tempo, quando esta casa ainda estava inteira. Demorou um pouco, mas consegui visualizá-la nova, com paredes em madeira clara, sem pintura. Parecia ser uma casa simples de interior, com poucos cômodos.
A porta de entrada dava direto para a rua, apenas com uma pequena escada em madeira.
Gelson pediu-me para abrir a porta da casa e entrar para ver se encontrava alguém. Entrei procurando observar bem os detalhes e repartições da casa. Entrei por um pequeno corredor que dava para a cozinha. Era uma peça simples, mas bem mobiliada, muito organizada. Senti-me familiarizada com o ambiente, apesar de saber que não era a minha casa. Eu não havia morado ali. Tinha a sensação de não pertencer à família que a habitava.
Dirigi-me até os quartos, eram apenas dois. Um deles estava vazio, apenas com móveis. No outro, encontrei um casal jovem muito feliz. Estavam na cama, acordados e trocavam carícias. Os dois eram muito bonitos. Percebi que meu sentimento mais forte era direcionado ao homem. Sentia que gostava muito dele e não me sentia bem em vê-los juntos, nem felizes. Desejava separá-los, pois queria que ele ficasse comigo.
Gelson pediu-me para olhar para o homem e tentar perceber se ele me lembrava alguém de minha vida atual. Aproximei-me dele e olhei para seu rosto. Veio-me uma forte sensação de que aquele homem era meu pai nesta vida. Fiquei emocionada. Ao olhar para a mulher, não tive nenhuma sensação, nem lembrança.
Gelson fez uma experiência para saber se algum dos dois estava desencarnado neste momento. Senti que a mulher desapareceu. O homem ainda continuava ali, mas ele não me via. Ele andou pela casa e depois saiu. Foi sumindo enquanto eu o observava pela porta.
Gelson me pediu para que apenas observasse como foi a vida daquele casal, daquele dia em diante.
Não consegui visualizar bem. Parecia-me que ele havia envelhecido sozinho, pois não conseguia ver a mulher. Em outro momento, visualizava-os felizes ao redor de uma mesa, com uma criança.
Percebendo minha dificuldade, Gelson pediu para que eu voltasse para minha casa, visualizando como ela seria, onde seria e como era a minha vida.
Ao afastar-me, senti-me como criança, indefesa, solitária, acanhada, silenciosa. Parecia que me encontrava encolhida num canto escuro. A sensação era de abandono, inconformismo e inércia. Aquele homem que havia visto, tinha me abandonado, abandonado minha família. E só conseguia pensar nisso. Revoltava-me essa lembrança. E doía-me saber que ele era feliz com outra pessoa, enquanto eu amargurava a perda.
Perguntada sobre como teria sido minha morte naquela vida, senti-me muito velha, solitária, numa casa simples, no meio do nada, apenas campo. Não consegui visualizar a minha morte, mas sentia que eu mesma a havia provocado em função desse eterno sentimento de solidão e vazio.
Voltei àquela casa e me vi no quarto do casal. Eu estava com uma faca na mão e parecia que eu havia matado aquela mulher. A sensação era de querer destruí-la, mas misturava-se a uma inveja e ciúmes. Ela era uma mulher bonita e aparentava ser boa, delicada. Eu queria ser como ela. Queria ser ela.
Comecei a sentir uma dor forte no lado direito da nuca, como se alguma coisa estivesse cravada em meu pescoço. A dor começou a subir até o alto da cabeça. A sensação era de uma lança cravada na nuca e que saía pelo topo da minha cabeça. A dor aumentava.
Gelson me pediu para fazer uma prece, pedindo a meu ser íntimo que encaminhasse esse espírito que eu havia prejudicado ao “hospital” para ser tratado. Fiz, então, internamente este pedido. Pedi desculpas pelo mau que havia feito e solicitei seu encaminhamento e tratamento. A dor foi passando apenas para o topo da cabeça. Aos poucos foi diminuindo, até passar.
Gelson pediu-me para me desligar daquele lugar e retornar. Foi o que fiz, apesar de ainda sentir uma ligação muito forte com tudo que havia visto.

Comentários

Na primeira sessão não obtivemos muitas informações que pudessem nos dar uma sequência lógica de fatos que pudesse ter algum interesse, mas como foi a primeira regressão da consulente, pode ter sido uma vida 'aleatória' apenas para ela ir se acostumando a explorar suas próprias lembranças. Entretanto, o fato mencionado por ela do lugar escuro, sentir tontura e seu corpo rodar é um sintoma de mudança de frequência, ou seja, é provável que durante a lembrança ela entrou em alguma frequência do mundo astral e repetiu algum ato que costuma fazer em desdobramento inconsciente, em alguma região de baixa vibração das regiões umbralinas.
Na segunda sessão ela já estava um pouco mais 'solta' e pudemos interagir mais com sua mente, adiantando ou retornando no tempo, e tivemos a oportunidade de socorrer o espírito de uma mulher que ela havia assassinado naquela existência.
Ainda temos algumas 'pontas soltas' mas esperamos que nas próximas consultas encontremos suas devidas ligações.
Abraço.

Gelson Celistre.

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