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segunda-feira

Desdobramento inconsciente

Geralmente costumo deixar a cargo da equipe espiritual a sintonização da consulente com alguma de suas vidas passadas pois eles têm acesso a mais informações e sabem melhor do que eu o que deve ser tratado inicialmente. Entretanto, em todo trabalho de parceria, existe uma troca de informações e opiniões e eventualmente eu procuro orientar a regressão, no sentido de fazer com que o consulente sintonize com alguma frequência de passado sua relacionada a algum problema que julgo mais grave.
Esse foi o caso dessa consulente, que tem uma dor nas costas que lhe causa muito incômodo. Ocorreu algo interessante, pois ela começou a ver duas situações distintas, como se fossem "duas telas de TV na sua frente", como ela mesma me disse.
Fui então administrando a visão dela, ora numa tela ora em outra, e por fim conseguimos resolver a questão. Outro fator interessante, e que constumamos fazer quando é necessário, é que numa das 'telas' era preciso resgatar um homem que ela havia matado e como ela não estivesse conseguindo convencê-lo, eu me projetei na tela e consegui fazê-lo aceitar nossa ajuda.
Segue abaixo os relatos, com a descrição da própria consulente, de forma separada para melhor compreensão:

Tela 1


Começamos a sessão mentalizado o porque da minha dor nas costas e problemas na coluna desde criança. Estava na parte de cima de um altar com muito ouro. No inicio nao era possivel distinguir ao certo que local era. Aos poucos, conforme visualizei bancos de madeira (como os usados em igrejas) conclui que era realmente uma Igreja, e vi melhor o altar e a imagem de Nossa Senhora. Na igreja, havia duas crianças, um menino e uma menina, bastante apreensivas e com muito medo andando ao redor da Igreja, em circulos. Proximo ao altar, tinha uma pia bastimal que aos poucos foi escurecendo e ficando preta, como se transformasse em uma grande panela de ferro, um caldeirão. Havia ali uma senhora, corcunda e com aspecto muito envelhecido, com rugas e o cabelo branco. Concluimos que a senhora era eu. A bruxa então mexia na panela e ia adicionando ingredientes. Passamos mais rapido a cena, e as crianças estavam, chorando e apavoradas, amarradas em cordas acima do caldeirao, onde apos serem enforcadas, cairam na agua fervendo. A bruxa cortou as crianças em pedaços. Após isso, continuou mexendo e então com uma tijela bebeu o liquido que estava na panela, apenas o liquido. Aos poucos a aparencia da bruxa foi se transformando e ficando jovem. A bruxa entao, tinha cabelos loiros e uma pele jovem. Estava bonita. A poção era para isso, para satisfazer sua vaidade. Atraves de um comando do Gelson, fui observar o que era feito com o resto dessas criancas. A bruxa as enterrava em um cemiterio atras da Igreja. Vimos que eram quatro criancas dessa vez. O cemiterio era o mesmo com o qual eu sonhava desde pequena, eu tinha sonhos repetidos e frequentes onde via esse lugar dos meus 7 ate meus 13 anos, mais ou menos. E tinha muito medo do lugar. Ali, no cemiterio, colocamos em uma bolha todos os que ainda se encontravam presos aquele lugar. Encaminhamos todos para o hospital, para serem tratados. Restou ainda um pouco de ossos em um canto do cemiterio, onde, no sonho, eu costumava ver meu avo antes de escurecer e o lugar virar um cemiterio, colocamos esses restos de ossos em uma bolha tambem. Voltamos para a Igreja para procurar a bruxa e apesar de nao consegir ve-la, sabia que ela estava escondida em algum lugar. Ela apareceu sentada em um canto, no chao, da Igreja. Conversei com ela, pedi auxilio pro Gelson que tambem foi para la comigo, para explicar que eu ja estou encarnada, ja nasci novamente e que ela sou eu e que tinha que ''vir'' comigo, se libertar daquele lugar. Ela questionou o porque disso insistentemente e apos aceitou e entao fiz um ''exercicio'' no qual ela entrou em mim, afinal ela 'e parte de mim que estava presa la.

Tela 2

Durante a primeira lembranca, tudo ficou preto e de repente ao longe surgiu um homem usando um chapeu, desses pretos, que os homens da sociedade, os cavelheiros, usavam. O homem foi se aproximando com determinacao e entao uma mulher de vermeho surgiu nos bracos dele. Os dois comecaram a dancar e rodopiar. Comecei a ficar tonta. Entao, entendi que eu era a mulher de vermelho, dancando no palco do teatro com ele. O teatro era lindo. Com muitas poltronas vermelhas. O palco era grande e tinha uma grande cortina. Enquanto dancavamos, aceleramos a cena e entao a mulher de vermelho, cravou uma faca nas costas do homem. Senti que havia amor entre dois ou algum sentimento de carinho muito forte. Ela se ajoelhou e por um tempo se arrependou do que tinha feito mas como era tarde demais, colocou o homem no meio de panos pretos, depos em um saco e o levou para o backstage. Apos isso, o arrastou ate uma floresta. Voltamos entao, a cena do assassinato para entender o porque dessa atitude, e entao foi percebido que foi por motivos de dinheiro mas nao foi possivel entender muito bem como funcionaria isso, de que maneira a moca de vermelho sairia ganhando tanto afinal eles nao eram casados. Mas o dinheiro da carteira e algo como uma heranca seria dela. Voltando a floresta, a moca de vermelho jogou o corpo do homem em um precipicio. Apos isso, o Gelson fez com que eu consciente tambem pulasse para chegar onde estava o corpo. Ao chegar la, vi o corpo na minha frente enconberto com o saco preto e senti a presenca do homem atras de mim, como espirito. Deu um frio nas minhas costas, um arrepio, ao perceber isso. O homem estava tranquilo, nao pareceu rancoroso mas nao falava comigo. Insisti e expliquei o que havia acontecido, pedi desculpas e falei que era preciso que ele se desligasse daquilo e ele comecou a questionar COMO isso poderia acontecer, COMO ele seria curado/ tratado... O Gelson foi para la comigo. Quando viu o Gelson, ele lhe deu ouvidos e entao conseguimos com ele fosse encaminhado para o hospital.

Apesar de na hora da regressão ela achar que não era casada com o tal homem que havia assassinado, depois da sessão, estando em sua casa escrevendo o relato, ela sentiu fortemente que ele era sim seu marido.
Uma situação com a qual nos deparamos foi a de que a consulente estava em 'desdobramento inconsciente' em ressonância com uma vida passada dela onde foi uma bruxa. Este fato ocorreu em virtude de haver muitos espíritos que foram mortos por ela e que não haviam ainda reencarnado.
Quando criança ela era atormentada por eles em sonhos, um caso simples de obsessão, mas à medida que ela foi crescendo essa obsessão despertou no inconsciente dela as lembranças daquela vida e ela assumiu a personalidade que tinha então, era uma bruxa, ela passou a mantê-los presos e a manter uma parte de sua consciência projetada na dimensão astral naquela frequência de vida passada (desdobramento inconsciente).
Após resgatarmos suas vítimas ainda foi preciso convencê-la a se reintegrar ao conjunto psíquico atual da consulente, promovendo seu reacoplamento.
Abraço.

Gelson Celistre.