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segunda-feira

Uma longa espera

Nessa sessão a consulente acessou uma vida passada onde ela morava numa casa simples no campo e saiu em busca de uma vida melhor. Não houve nada de traumático naquela vida para ela mas foi necessário que ela entrasse nessa frequência de vida passada a fim de resgatarmos um familiar dela que, após a morte do corpo físico, não conseguiu se desvencilhar daquela situação e estava 'vivendo' na dimensão astral numa réplica de onde ele vivia aqui na Terra.
Segue o relato pelas palavras da própria consulente:
Ouvia barulho de um riacho e me vi numa floresta. Numa clareira, próximo de onde eu estava, ficava um povoado, um conjunto de casas de madeira rústica e fumaça de forno à lenha. Era um cenário camponês.
Eu andava entre as casas como se estivesse me dirigindo até a minha casa. Quando cheguei, entrei pela porta lateral, que dava na cozinha. Uma mulher mais velha estava cozinhando, mas não notou que eu estava ali. Era uma casa muito simples. Na cozinha havia uma mesa grande com bancos de madeira. A mobília era toda rústica. O piso da casa era de terra, “chão batido”.
Não consegui avistar os outros cômodos da casa, então fui para a rua e comecei a observar o lado de fora da casa. Havia plantações altas de milho e outras espécies. Não havia flores ou cores intensas, somente o verde das plantas em contraste com a casa de madeira escura e velha.
Caminhei pelos arredores. Era uma floresta de árvores muito altas e o caminho por entre elas cheio de folhas secas. Voltei para casa e percebi dois homens entrando na cozinha e sentando-se à mesa. Eles vinham de dentro da casa. Um deles era jovem, por volta de vinte anos; o outro era mais velho. Eles me perceberam, mas trataram-me com certa distância. Convidaram-me para sentar com eles à mesa. Todos pareciam muito frios comigo, apesar de sentir que haviam sido minha família: meus pais e irmão. Entendi que havia feito algo que não os agradara e por isso agiam assim. Ou talvez eles sempre fossem desse jeito mesmo.
Gelson pediu-me que visualizasse como teria sido a morte daquelas pessoas. Só consegui ver meu irmão partindo com um grupo de homens à cavalo e meus pais sendo atacados e mortos em casa, talvez por um ataque de saqueadores. Tentando perceber como eu havia aparecido ali, voltando no tempo, só me veio a sensação de ter partido alguns anos antes e haver retornado, agora, para revê-los. Eu sabia que já não pertencia mais àquele lugar, era apenas uma visita.
Gelson pediu-me para apagar aquele povoado e aquelas pessoas que ali viviam. Desmontei, então, aquele lugar e a única pessoa que permaneceu foi o rapaz que parecia ser meu irmão.  Via-o no meio da floresta, em pé, olhando para mim. Aproximei-me dele e percebi, em seu olhar, que guardava um certo rancor de mim. Seu olhar fugia do meu e ele se mostrava inquieto com minha aproximação. Olhei em seus olhos e perguntei por que ele agia daquela maneira comigo. Ele respondeu que havia ficado muito triste com minha partida, mas que permaneceu ali na esperança de me encontrar novamente. Percebi que o sentimento de afeto que tinha por ele, era recíproco. Estendi minha mão a ele e começamos a caminhar juntos. Aos poucos, a imagem dele foi ficando clara, esbranquiçada, até desaparecer.

O familiar era seu irmão consanguíneo naquela existência e sentia muita falta da irmã, que havia partido dali. O fato dos pais terem morrido quando ele estava ausente pode tê-lo feito sentir-se culpado por não estar ali para defendê-los e isso manteve sua mente presa àquela situação. Ele esperava o retorno da irmã, o que finalmente ocorreu alguns séculos após ele ter vivido aqui na Terra, durante nossa sessão de regressão.
Abraço.

Gelson Celistre.

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