A consulente estava vendo um homem andando numa carroça puxada por uma junta de bois, ao mesmo tempo que via a imagem de uma mulher ensanguentada e com o corpo todo ferido, esfolado e sangrando. Logo percebeu que a mulher ensanguentada era ela. Era uma jovem camponesa adolescente, que já estava noiva de um jovem rapaz, e vendia flores na feira de uma pequena cidade. O homem na carroça era quem lhe fornecia as flores.
Ela se via já morta naquela existência, acompanhando o tal homem enquanto ele se dirigia para casa. Momentos antes ele a violentara e, após saciar sua lasciva doentia, a fim de não ser descoberto, bateu-lhe na cabeça com uma pedra repetidas vezes, arrastando em seguida o corpo ainda vivo pelo terreno pedregoso, até um local ermo, com um pequeno capão, onde abandonou o corpo. A jovem consulente morreu logo depois.
Chegando em casa, ele pressentia a presença de algo ou alguém junto a si e ficou assustado. Este homem tinha 3 filhos, doisgarotos e uma menina. Um deles, criança ainda, tinha mediunidade e viu o espectro terrível da consulente que acompanhava seu pai quando este chegou em casa, pois ela se apresentava tal qual estava quando morreu. O garoto se assustou e afirmou ver algo mas os pais taxaram de 'coisa de criança'. A consulente naquele momento, percebendo que o menino a via, concentrou nele seus esforços de vingança. O menino acabou morrendo depois de algum tempo, vítima de forte obsessão por parte da consulente, que queria arruinar a vida do homem que a violentou e matou.
O homem estava cada vez mais perturbado, bebia muito e agredia a esposa, que acabou abandonando-o com os filhos. Ele morreu numa briga de bar e quando chegou do outro lado a consulente o estava esperando para completar sua desforra, entretanto, não teve tempo pois outros espectros escuros o levaram logo que desencarnou.
A mulher que fora mãe da consulente naquela vida enconrava-se lá, chorando o desaparecimento da filha. Como seu corpo nunca foi encontrado e ela sumiu misteriosamente, todos acharam que ela houvera fugido. A mãe chorava muito e sofria pq a filha a tinha abandonado. Este espírito que fora sua mãe naquela existência é tbm sua mãe na vida atual, está encarnada, e encontrava-se ali em desdobramento inconsciente. Pedi a consulente que conversasse com ela, explicasse o que tinha acontecido, e depois a reintegramos ao seu corpo físico. Mantendo parte da consciência da mãe da consulente ali havia um ser esquisito, parecendo um duende, que manipulava uma esfera negra com uma energia muito densa. Recolhemos este ser ao jardim e a casa onde eles estavam se desvaneceu.
Da cena vista restava ainda a trilha onde inicialmente a consulente se vira desencarnada seguindo o homem que a vitimara. Pedi que ela retornasse ao local para ver se havia mais algum espírito ligado a esse trágico evento e então ela viu, no local onde o corpo dela fora abandonado, mais corpos de jovens como ela que haviam sido vítimas desse homem que se revelava agora um 'serial killer', um matador em série.
Ao resgatar esses espíritos e levá-los para o jardim, perguntei sobre o algoz e foi mostrado a consulente ele numa região trevosa pantanosa, submerso até a cintura, com outras cinco entidades o agredindo constantemente, provavelmente vítimas suas de outras vidas.
Disse a ela que iríamos lá resgatá-lo e surgiu um espirito que dizia a ela que não era para ele ser socorrido, pois estava lá resgatando seu karma. Para a consulente o tal ser parecia 'do bem', mas logo que lhe enviei uns pulsos de energia se revelou com outra face. Este ser estava com muita raiva e insistia que não era para socorrer o outro, que ele não merecia por conta de tudo que fez. Mandei que ele se calasse e não perturbasse pois quem julga o merecimento de alguém é Deus e não ele. Retiramos o grupo todo daquele pântano e levamos para o jardim, inclusive este que reclamava, que chegando lá ainda ficou perguntando à equipe espiritual quem iria fazer ele 'pagar pelo que fez'.
O que mantém os espíritos presos a estas situações por séculos e até milênios, é a incapacidade de perdoar. As vítimas perpetuam seu sofrimento por não aceitarem o que o destino as fez passar, e quando encontram o seu algoz em posição de inferioridade, agem com igual ou maior crueldade, gerando processos obsessivos que se prolongam por incontáveis vidas.
Abraço.
Gelson Celistre.
Realmente, não sabemos do que somos capazes em momentos de grandes aflições ou provações. Julgar os outros é muito fácil, principalmente julgar com todo o rigor. Mas com o mesmo rigor com o qual fazemos julgamentos alheios, se usarmos para conosco, certamente teremos autopiedade por conta do juízo implacável que frequentemente fazemos.
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