Este foi o segundo atendimento deste consulente. Da primeira vez foi preciso uma indução hipnótica rápida para levá-lo ao estado de transe necessário ao acesso de seus registros mnemônicos de vidas passadas, mas desta vez bastou o relaxamento e logo ele se viu no jardim de onde partiríamos para as regressões.
Como da primeira vez, sua avó (desencarnada) estava no jardim à espera dele, porém, desta vez ela apenas observou. Pedi a ele que escolhe um caminho para sair do jardim e o seguisse, o que ele fez em seguida.
O caminho era escuro e quando começou a clarear ele viu-se numa vila, trajando trajes antigos. Decidiu entrar numa igreja que avistara e quando estava em seu interior sentiu que lhe enconstavam uma lança nas costas, virou-se e se deparou com um homem furioso ameaçando matá-lo. Pedi que conversasse com o sujeito a fim de saber o motivo e est lhe disse que ele o havia traído, que havia passado para o outro lado. Pedi que ele lembrasse então do que o tal sujeito falava e ele lembrou então de que havia matado o tal sujeito, assim como vários outros de seus amigos. Estavam numa guerra e ele os havia traído. Era a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) onde a Frente Popular (comunistas e anarquistas) e o Movimento Nacional do General Franco, lutavam contra o regime republicano. No final as tropas franquistas, apoiadas inclusive por Hitler e Mussolini, venceram e o General Francisco Franco se auto-proclamou caudilho de Espanha pela graça de Deus. A guerra civil espanhola deixou mais de 1 milhão de mortos.
Nosso consulente era da Frente Popular, provavelmente um membro ativo e de liderança, pois sua família foi aprisioanada pelas tropas nacionalistas com o apoio dos alemães e ele teve que trair seus companheiros para salvar seus familiares. Nesta pequena vila estavam algumas centenas de pessoas que sucumbiram nesse conflito, homens, mulheres e crianças, espíritos que não conseguiram se desvencilhar das fortes emoções sofridas nos momentos que precederam seu desencarne e que nem perceberam que já não habitavam mais um corpo físico.
Disse ao consulente que conversasse com seu antigo amigo e que lhe dissesse que agora estava ali para ajudá-los, a a ele e a todos que ali estavam, reunimos todos e os levamos para o jardim, onde um grupo de espíritos (médicos e outros) já esperavam para tratá-los.
Após nos certificarmos que estavam todos sendo atendidos o consulente partiu por outro caminho. Desta vez viu-se num campo vasto, era uma moça e observava um cavalho encilhado andando sozinho. Pedi que procurasse por alguma casa e a moça viu então uma casa onde havia uma família, um casal e uma criança. Estavam sofrendo e ficaram felizes em vê-la, pois estavam doentes. Pedi que ela lembrasse qual sua relaçaõ com eles e ela lembrou que era a filha mais velha daquele casal, e que os havia abandonado à própria sorte pq eles haviam contraído uma peste. Foram levados para o jardim por ela e atendidos pela equipe de espíritos que já os aguardava.
O consulente desta vez sentiu necessidade de sentar-se num dos bancos do jardim para descansar, momento em que sua avó que estava ali observando aproveitou para sentar ao seu lado e lhe dar alguns conselhos. Após esse breve descanso o consulente partiu por outro caminho e logo viu-se numa galera entre dezenas de remadores, buscando invadir algum território fortemente defendido, deviam estar próximos à costa pois seu navio foi atingido por uma grande bola de fogo, atirada por alguma catapulta que devia estar em terra.
Mais de uma centena de guerreiros, possivelmente vikings, sucumbiram naquelas águas. Assim que o consulente nos relatou o naufrágio já criei vários botes salva-vidas e assim que os viram os náufragos subiram neles e depois o conduziram remando, guiados pelo consulente, até o jardim, onde ele ajudou-os a desembarcar. Nossa equipe de espíritos já estava a postos esperando e logo todos foram socorridos e encaminhados a outro sítio no astral para tratamento.
É evidente que todos haviam morrido afogados mas como plasmaram aquela situação na dimensão astral estavam vivenciando aquele momento 'eternamente', sem perceberem que já estavam 'mortos'. Nestas situações costumo interagir com o a mente coletiva do grupo a ser resgatado criando algo que visualmente represente para eles a salvação, no caso um bote salva-vidas, pois explicar a um grupo enorme a situação real em que se encontram demandaria muito tempo e energia.
Após retirar o último companheiro do bote e entregá-lo aos espíritos socorristas, nosso consulente recebeu um abraço da sua avó, como a lhe parabenizar pelo trabalho cumprido, e logo despediu-se do jardim, voltando à nossa dimensão física. Entre o início da sessão e o término não se passaram mais de 30 minutos, onde foram acessadas três vidas do consulente e resgatados centenas de espíritos que viviam em sofrimento.
Muitos daqueles seres que foram resgatados já se encontram reencarnados, mas aqueles que não reencarnaram mantém a situação plasmada no astral e isso acaba fazendo com que muitos dos espíritos que já estão encarnados se desdobrem inconscientemente e participem de certa forma da angústia dos demais. Dependendo da sensibilidade da pessoa encarnada, ela pode vir a sentir mais ou menos o que eles sentem.
Não é um regressão do tipo 'clássica', onde o consulente revive algum drama pessoal seu, mas sim um trabalho de resgate de consciências que conviveram com ele e que estão sofrendo em outra dimensão.
Este tipo de situação é comum a todos nós, todos temos seres a quem podemos auxiliar, e muitos inclusive que foram prejudicados por nós mesmos em vidas passadas.
Abraços.
Esse relato foi muito lindo, emocionante vcs ajudaram tantos espiritos, parabéns.
ResponderExcluirMarishelppp.